Quem sou eu

Minha foto
Apaixonado, brasileiro, headbanger, palmeirense, paulistano, licenciado em História, especialiZando em Tradução...as postagens falam mais que isso, e quem quer me conhecer, troca idéia comigo...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Poema: Afrodite e Eros

O visitante inesperado
Pelos ventos frios da noite
Filho meu, alado
Esguio e ágil, galante
O destino por ele, traçado
Vos guio pelas nuvens dançantes

Minha mãe, senhora do amor
Paixões, desejos e anseios
Por ti causo infeliz dor
Brincando com as vidas, permeio

Sem mais delongas, cria
Diga a mim por que aqui veio

Ora, mãe, que modos estes a me tratar
Sentes não a falta de teu filho a visitar
Parto então sem me estender,
Junto a próxima corrente de ar

Profira mais nada, filho meu
Se minha pergunta fere o ego teu
Já conheço o que o levou a cruzar o Egeu
De tua mãe, seus carinhos quer o apogeu

Sem delongas ou enrolações eu vejo
Comecemos nossa antiga dança, o desejo

Deu-se início então o coito, profano
Mas ao logo iniciar o filho, insano
Pede à mãe uma demanda, implora
Tu sabes como quero, minha senhora
Que lhe questiona, impaciente, sem demora
Por que este anseio especifico, da deflora?

Mãe querida tu já sabes, ou não
Que desejo o que me privas,
A primeira paixão
Só a ideia que cativa
Alcançá-la-hei então,
Ante o único meio,
Tua defloração


A obra acima, de Agnolo Bronzino, entitulada "Vênus e Cupido", foi o que me inspirou a escrever este poema. A deturpação dos valores que hoje temos como praticamente "sagrados", da família e relação co-sanguínea, é algo constante ao analisarmos os mitos e lendas greco-romanas, e foi fonte de inspiração para meu poema que, assim como os mitos gregos e os artistas Maneiristas, procura deturpar e distorcer aquilo que é esperado.

ENJOY!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Expresse-se =D